Luiz Carlos Baldicero Molion, ICAT/UFAL, Maceió, Alagoas
"Temos que controlar as
emissões de carbono para manter a temperatura do planeta abaixo de 2°C", é
a voz corrente, frase dita por muitos políticos e por muita gente, até
cientistas ambientais, preocupada com o aquecimento
global, que não sabe de onde tal frase surgiu. Sob o ponto de vista da Física do Clima, essa
afirmação é absolutamente ridícula! Usando modelos de clima, o IPCC criou uma
fórmula com base no "ajuste" ("fitting") à curva de
crescimento da concentração de gás carbônico (CO2 ). A fórmula é
Del T = 4,7 ln {CO2} - 26,9
onde Del T é a variação da temperatura média global forçada pela
concentração de CO2 (baseada no que se crê que se sabe sobre
absorção de radiação infravermelha pelo CO2 ), ln , a função matemática “logaritmo natural”, e o CO2 entre colchetes, a
concentração do gás carbônico. Essa equação parte do princípio,
também sem comprovação científica, que a concentração de CO2 era 280
ppmv na era pré-industrial e que a “sensibilidade climática” seja alta, 0,8 °C
por W/m2, isto é, para cada 1 W/m2 adicionado pelo
forçamento radiativo de CO2, a temperatura do planeta aumentaria de
0,8°C. É fórmula muito fácil de ser usada. Basta entrar com a concentração de
CO2 que se “deseja” no futuro, a "concentração limite, o
objetivo a ser alcançado", e o
resultado é o aumento de temperatura. Por exemplo, para obter os 2°C, essa
concentração é CO2=460 ppmv,
um aumento de 65%, com relação ao valor pré-industrial (???). Como se o clima
do planeta fosse tão simples quanto isso, controlado apenas pela concentração
de CO2 no ar. A concentração de CO2 na atmosfera é
controlada basicamente pelos oceanos e depende da temperatura da água. Se essa
aumenta, os oceanos emitem mais CO2 para a atmosfera. Esse é
o mesmo processo que controla a concentração do CO2 num refrigerante
ou bebida gaseificada. Se a temperatura do liquido aumenta, ele expulsa o CO2
que está dissolvido e “fica sem gás”. A contribuição humana, 6 bilhões de
toneladas de carbono por ano (GtC/a), é
muito pequena, desprezível, em face dos fluxos naturais dos oceanos, vegetação
e solos para a atmosfera, que somam 200GtC/a, ou seja, apenas 3%, contra uma
incerteza nos fluxos naturais de ±20%! A redução das emissões antrópicas de
carbono não tem efeito algum sobre o clima não só por serem ínfimas, mas
principalmente porque o CO2 não controla o clima global. Ao
contrário, é o aumento da temperatura do planeta que força o aumento do CO2
na atmosfera terrestre.
Quanto
mais leio e estudo, mais me convenço que o problema do aquecimento global é
exclusivamente financeiro-economico e não climático. Não há “crise climática”. É
um problema de segurança energética dos países industrializados que já não
possuem uma matriz energética própria e dependem da importação, como é o caso
da Inglaterra, país de onde provêm a maior parte do terrorismo climático e
manipulação de dados. Certamente, o maior problema que a humanidade vai
enfrentar num futuro próximo é o aumento populacional, amplificado pelo
resfriamento global nos próximos 20 anos. A História mostra que, toda vez que o clima se
aqueceu, as civilizações, como Amoritas, Babilônios, Sumérios, Egípcios e Romanos, progrediram.
O resfriamento do clima, ao contrário, sempre causou desaparecimento ou
retrocesso de civilizações. Atualmente, um pequeno resfriamento global, com geadas severas, tanto antecipadas quanto
tardias, seria muito ruim para a agricultura, pois acarretaria frustrações de
safras e desabastecimento mundial com a população crescente. O Brasil não seria
exceção. No último resfriamento, 1947-1976, o cultivo do café foi erradicado do
oeste do Paraná em face das frequentes e severas geadas. É indispensável que o
País se prepare para esse período ligeiramente mais frio, de 2010 a 2030, a que
vai ser submetido.
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