sexta-feira, 15 de julho de 2011

A quem interessa a dinâmica perversa do "poluidor-pagador"

A diferença entre o Ativista e o Profissional.

O movimento ambientalista brasileiro, até a metade dos anos 90 era essencialmente composto por ativistas. Foram estes ativistas que, às próprias custas, despertaram o interesse do brasileiro no combate a degradação.
 
Muitos eram encarados com uma espécie de “louco manso”. Não ofereciam perigo à sociedade. Eram pessoas que gostavam de bichinhos e florzinhas, na opinião de muitos que até os dias de hoje ridicularizam a necessidade de preservar o meio ambiente.

Com o advento da ECO 92 muitos ativistas tiveram contato com “profissionalização” da defesa do meio ambiente.
 
Foram criando assessorias, desenvolvendo novas técnicas e, principalmente ampliado o conceito da valoração ambiental – Não sei se estou conseguindo esclarecer meu pensamento. O que quero dizer é que muitos ativistas se tornaram membros de uma confraria que vive do dano ambiental.  Permitem a degradação desde que o infrator pague em dinheiro, como se pudéssemos respirar ou beber Dólares, Real ou Euros...
 
São os técnicos renomados com conhecimento e experiência adquirida às vezes no serviço público. Ex-funcionários de órgãos licenciadores que aprenderam as artimanhas para encontrar as brechas da lei e facilitar a aprovação de projetos de grande impacto.
 
Proxeneta do Meio Ambiente...
 
Estas pessoas, que carinhosamente chamo de “PROFISSIONAIS DO DANO AMBIENTAL”, vivem e se proliferam às custas de empreendimentos e projetos que destroem o meio ambiente em troca de lucro e poder.
 
Se acabarem os predadores capitalistas, certamente acabarão os profissionais que vivem do dano causado por estes predadores.

“Quando se coloca no papel o resultado, pode demonstrar que o custo da degradação é muito pior do que o lucro gerado pela atividade econômica.” Carlos Eduardo Young , professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
 
Gostaria de ver algum laudo de uma destas assessorias contrariando a vontade do patrocinador. Algum laudo ou relatório que diga claramente que o empreendimento não deve ser executado.
 
 
A separação do Joio do Trigo
 
As assessorias, as ONGs e Fundações que fazem mitigação de projetos, como o ..., por exemplo, a ... que pega recursos de compensação de danos ambientais. o ... que desenvolve projetos para papeleiras. Os...  que passam o pano para a sujeira de mineradoras, o ... que restaura danos. Estas empresas devem, no meu entendimento, migrar para o 2º setor. Deixem o 3º setor para ONGs e pessoas que realmente defendem o meio ambiente e não torcem para que algo seja destruído para abocanhar a gorda fatia das compensações ambientais.
 
Reconhecemos o valor e a importância de todos aqueles que lutaram por um Brasil melhor. Porém, este reconhecimento não nos obriga a compartilhar com os rumos tomados. O valor das ações do passado estão registrados na história e serão reverenciados para sempre.
 
Se eu estiver errado, por favor, digam porque o MOVIMENTO ambientalistas vive se digladiando. Porque as grandes ongs ignoram toda e qualquer demanda que não esteja centrada em seu próprio umbigo? Porque diretores destas ongs empresariais se ofendem tanto quando são criticados?
 
As ações “mitigadoras” realizadas por ex-ativistas e atuais empresários, consultores, profissionais, e assessores, que buscam a recompensa em dinheiro pela destruição ambiental deve manchar a biografia de muitos.
 
Ilustração extraída do Jornal de Londrina

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