segunda-feira, 18 de julho de 2011

Professores: Vamos reciclar nossos conceitos?

Vamos reciclar nossos conceitos?

Devemos fica preocupados com o que, e de que forma estamos usando a Educação Ambiental em nosso país. Que papel, nós Educadores, estamos exercendo? Qual o conteúdo, o método, forma e foco utilizados e os objetivos que estão sendo alcançados e se têm havido efeitos colaterais?...

Então, segue abaixo uma coleta seletiva de lixo:

Por exemplo: Não se falam dos benefícios do plástico. Mas estou cansado de ouvir dizer, de forma crítica, que o plástico demora 300 anos, ou mais sei lá, para se decompor.
Graças a Deus que é dessa forma, senão as instalações hidráulicas e elétricas que fiz em minha casa teriam que ser refeitas periodicamente.

A garrafa "PET" tem sido usada como símbolo do preço negativo do "progresso". E dessa forma queremos reaproveitá-las para tudo, sem saber que esse reaproveitamento inviabiliza a sua reciclagem. Até árvore de natal ensinam a fazer, com elas. Só que essas árvores de natal vão ser postas lá nas pracinhas das favelas e não na lagoa Rodrigo de Freitas. E esquecemos que o PET, além de viabilizar economicamente o transporte de produtos, não produz "chorume", não contamina o solo, não emite gazes, não envenena os peixes, não assoreia as coleções hídricas etc... da forma que imaginamos os outros lixos. Mas basta poluir o visual e pronto! É tudo o que a sociedade não quer ver...

Você compraria um armário duplex em madeira aglomerada? Você paga mais caro porém prefere um armário em mogno ou imbuia maciços. Da mesma forma acho que você não construiria o telhado de sua casa com madeira de eucalyptus, mesmo tratada. Muitos preferem, ainda, não arriscar e usar a maçaranduba.

Você não compra, na feira ou no mercado, aquele tomate nanico e cheio de pintas pretas, não é mesmo? Prefere os maiores, durinhos, brilhosos e sem manchas, provavelmente resultado do intensivo uso de agrotóxicos.

Continuamos culpando nossos alunos pelo desperdício do uso de papel escolar (oriundos de árvores plantadas) e mostrando a eles como reciclá-lo, ao passo que fechamos os olhos para os desusos que se verificam em nosso latifúndios cercados com madeira nativa.

A gente não fala, porque não percebe, que os focos de fumaça dos fogões a lenha dos lares rurais e sub-urbanos de nosso país, aumentam numa relação direta com o aumento do preço do gás de cozinha e com o consumo de lenha nativa.

A gente, volta e meia, conta pros nosso alunos a estorinha do passarinho que tenta apagar o incêndio na floresta fazendo a sua parte independente dos outros e dos resultados alcançados. Caramba! Que exemplo de impropriedade, ignorância, individualidade e falta de feedback que estamos dando para eles!!!

A gente passa fome mas coloca a luva e recolhe, mata e elimina todos os caramujos africanos de carne deliciosa e nutritiva que se proliferam em nosso quintal, por conta de uma isteria coletiva acusando-o de transmitir doenças que a Fiocruz afirma que eles não transmitem. Fazemos isso por conta de destruírem florestas e plantações que nunca se confirmou. Tudo isso para que esses caramujos não dividam a nossa mesa e o mercado com os importados escargots franceses.

Eu me culpo e culpo meu pai por destruir a camada de ozônio, por continuar usando aquela geladeira e o ar condicionado velhos que deixam escapar o CFC, sem que se tenha comprovação científica dessa destruição, e assim contribuo para fortalecer o imperialismo norte-hemisferiano, pois se antes o Brasil não pagava hoyates na compra do CFC, agora paga para comprar os seus substitutos.

Eu me presto a incentivar os órgãos ambientais em transformar, da noite pro dia, meus compatriotas em criminosos ambientais por não encontrarem meios e modos de sobreviver de outra forma, mesmo que eu esteja me prestando também a conservar nossos recursos naturais produtivos para que os povos ricos possam usurpar-nos.

Eu recolho o óleo de soja usado e faço sabão, para não ir ralo abaixo. Mas para onde vai o sabão junto com a soda cáustica, o corante, etc...?

Feita essa coleta, que tal fazermos uma verdadeira reciclagem???

Zurita.

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