quinta-feira, 14 de julho de 2011

Em congresso chapa branca, UNE se serve de estatais

Começa nesta quarta (13), em Goiânia, o 52Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes).
 
Será o maior evento já promovido pela entidade. A audiência é estimada em 10 mil universitários. Os custos foram orçados em R$ 4 milhões.
 
Um pedaço do borderô, informam os repórteres Isonilda Souza e Evandro Éboli, será provido por várias empresas estatais, entre elas a Petrobras.
 
“Tem estatais apoiando”, admitiu o presidente da UNE, Augusto Chagas.
 
Que logomarcas abriram os cofres? Quanto cada uma borrifará no encontro? O mandachuva da UNE se absteve de informar.
 
“Alguns desses apoios ainda estão se concretizando”, alegou Chagas. “Vamos publicizar essas informações quando estiver tudo fechado”, ele promoteu.
 
Afora as verbas públicas, a lista de convidados confere ao congresso da UNE um caráter “chapa branca”.
 
Nesta quinta (14), informa a entidade, darão as caras no encontro Lula e o ministro Fernando Haddad (Educação).
 
A dupla vai participar do pedaço do evento reservado à celebração do Prouni, o programa de bolsas universitárias criado sob Lula, cuja gestão a UNE apoiou com entusiasmo.
 
Além do patrocínio de estatais, o encontro vai dispor do apoio logístico do governo tucano de Goiás e da prefeitura petista de Goiânia.
 
O Estado cedeu ginásios e escolas para alojar os estudantes. O município, banheiros químicos e ambulâncias para eventuais emergências.
 
O Congresso vai durar cinco dias. Na abertura, uma homenagem aos 50 anos da “Cadeia da Legalidade”.
 
Trata-se do movimento inaugurado por Leonel Brizola, para assegurar a posse de João Goulart após a renúncia de Janio Quadros, em 1961.
 
Para receber as homenagens no lugar de Brizola, convidou-se o neto dele, o ex-deputado federal Brizola Neto (PDT-RJ).
 
A programação, algo eclética, inclui de debates sobre agrotóxicos à defesa da destinação de 10% do PIB para a educação.
 
Abriu-se também na agenda espaço para manifestar o apoio da UNE à Comissão da Verdade e à apuração dos crimes da ditadura.
 
O tema é caro à presidente Dilma Rousseff, apoiada pela UNE na eleição presidencial do ano passado.
 
Espera-se que compareçam os ministros petistas José Eduardo Cardozo (Justiça) e Maria do Rosário (Direitos Humanos). O pemedebê Nelson Jobim (Defesa) não foi convidado.
 
No domingo (17), último dia do Congresso, a UNE elegerá um novo presidente. Augusto Chagas não disputa a releição.

Fonte: http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

0 comentários:

Postar um comentário

 
Powered by Blogger